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01 novembro, 2017

RESENHA - O SOLDADO DESARMADO

Titulo: O SOLDADO DESARMADO
Autor: FRANCIS M. DOSS
Editora: CPB
Páginas: 176
Ano: 2017
Adquira: AQUI

Sinopse:

"Senhor, ajuda-me a salvar mais um."
A artilharia pesada em Okinawa multiplicava as vítimas, mas não intimidou Desmond Doss, soldado e homem de fé. Com a coragem e a força da oração acima, ele se recusou a procurar abrigo e carregou, um por um, seus companheiros caídos até um local seguro. Em aproximadamente cinco horas ele resgatou todos os 75 feridos naquele ataque. Este e outros atos heroicos fizeram com que ele recebesse a mais alta distinção que se pode conferir a um soldado norte-americano: a Medalha de Honra.
Porém, sua história não termina em 1945. Houve muitas outras batalhas e vitórias para o homem conhecido como "o mais improvável dos heróis". Este livro conta cada uma delas.
Da infância marcada por acidentes à bravura na Segunda Guerra Mundial, da trágica perda de sua esposa Dorothy às batalhas contra a surdez e o câncer, Desmond Doss viveu com devoção insuperável. Devoção a seu país, a suas convicções e, acima de tudo, a seu Deus.
Neste mês escrevi dois artigos a respeito de Desmond Doss. No primeiro falei sobre o filme Até o Último Homem de Mel Gibson, e no segundo fiz uma comparação entre o conteúdo do filme de Gibson versos o livro Soldado Desarmado de Frances M. Doss. Você pode ler estes dois artigos aqui: Até o Último Homem, Vale a pena Assistir? e, Até o Último Homem ou Soldado Desarmado. Boa leitura!

Soldado Desarmado foi escrito por Frances M. Doss, a segunda esposa de Doss ( após a morte de Dorothy, sua primeira esposas, Desmond casou-se pela segunda vez). A obra estava apenas disponível em inglês, porém, recentemente a CPB fez a tradução para o português e a publicação da mesma. Trata-se de uma biografia maravilhosa, com uma narrativa na terceira pessoa, e na mesma, o narrador escreve sob o ponto de vista onisciente, tornando impossível para a leitura uma vez iniciada! A narrativa começa de forma calma. Enquanto Desmond Doss viaja com o restante do batalhão sem saber ao certo o destino, sua mente vagueia ao passado. Do capitulo 1 ao 5, Frances descreve os pensamentos de Doss, como infância, sonhos de vida, familia e etc. Já no capítulo 5 a autora descreve o momento em que os Japoneses atacam os Estados Unidos.

Diferente do filme no qual Desmond aparece como um herói por força própria, no livro, ele é falho, ou seja, um ser humano como qualquer um. Tem suas brigas internas como qualquer um, há momentos em que sua fé é provada e às vezes cai na tentação de não confiar em Deus, ele tinha em contrapartida, um grande amor por a quem ele temia e honrava.  Todo o livro fala da fé de Desmond Doss, e sua confiança no poder de Deus, mesmo quando Frances começa descrevendo as batalhas, o leitor consegue através da descrição da experiência de Doss, ver como é bom depender do poder de Deus e manter os princípios. O livro fala também dos momentos pós guerra. A morte da esposa de Doss, sua surdez, câncer e tantos outros problemas.

Ao terminar a leitura, pude ver o quanto HollyWood exagerou nos detalhes - dando mais ênfase em coisa superficiais do que nas essenciais e necessárias. Leia aqui: Sem dizer que no filme, Desmond Doss é apresentado como autossuficiente - um herói segundo Hollywood. Já no livro, Doss é: apenas um ser humano, com suas lutas, desconfianças no poder do alto de vez em quando, porém, totalmente temente a Deus.

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