Ontem recebi sem dúvidas, a mais triste mensagem desde que cheguei ao Brasil. Foi uma mensagem objetiva, porém, dolorosa, triste e difícil de até de partilhar. Confesso que nunca achei que um dia teria de escrever um texto falando do falecimento de alguém que tanto amei. É difícil de acreditar, mas perdi uma mãe!
Rosy Sol não era mãe biológica. Mas foi alguém que me adotou muito antes de eu chegar ao Brasil. Enquanto ainda estava em Angola, a conheci em 2013 através do Facebook. Nossa amizade foi crescendo cada vez mais principalmente depois que descobri que ela era também adventista. Mas não qualquer uma: ela era adventista e puramente cristã. Lembro que quando ela soube que eu estava para vir ao Brasil, passou a sonhar e a partilhar do mesmo sonho que eu. Quando soube que eu amava livros, me prometeu que ao chegar ao Brasil me daria muitos livros. Sempre me incentivou à leitura de bons livros. Nunca nos encontramos pessoalmente, mesmo depois de eu já estar aqui no Brasil. E apesar de nossas conversas se limitarem apenas as redes sociais e ligações telefônicas, Rosy Sol nunca perdeu uma oportunidade para me alertar sobre os perigos de vivermos sem Jesus. Ainda lembro que os primeiros livros da CPB que tive ao chegar ao Brasil, foi ela quem adquiriu para mim. Foram dois: Em Busca da Identidade, e A Mensagem de 1888, ambos de George R. Knight. Dela recebi ajuda de todo tipo, desde as espirituais, até a mais básicas necessidades.
Durante várias conversas me mostrou que há alegria em andar com Jesus. E eu, acatei seus muitos conselhos e experiências de vida. Quando eu estava procurando alguém para namorar, me aconselhou, advertiu e orientou sobre como proceder. Todos os dias ligava ou mandava mensagens a partir de São Paulo para saber como estava e se faltava alguma coisa.
Enquanto escrevo agora, é impossível me conter. Queria não acreditar, na verdade, queria que a mensagem que recebi ontem de seu filho Matheus não fosse realidade. Pois, Rosy foi uma mãe pra mim. Cuidou de mim como um verdadeiro filho de sangue. Decidiu preencher o lugar de minha mãe que está do outro lado do oceano.
Em momentos como estes de dor que estou atravessando, poderia simplesmente questionar: onde estava Deus quando ela foi levada ao hospital? Entretanto, conhecendo a vida espiritual e o quanto Rosy foi amiga de Cristo Jesus, prefiro me agarrar na esperança de abraçá-la quando o Senhor voltar. Nunca nos vimos pessoalmente, mas nos encontraremos em breve, eu creio! Ela se foi, mas comigo ficaram as lembranças, conselhos, e acima de tudo uma pessoa que foi moldado por uma mulher puramente cristã. Até breve Rosy:
"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.(1 Tessalonicenses 4:13-17)
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